TERCEIRA INSÓLITA

O deslumbrante mundo da ilha Terceira, com aproximadamente 3 milhões de anos, muita lição tem para nos dar. Quais e quantas das suas estórias virão a ser história?… e saber…e ciência? Cabe a nós, interrogá-lo e se possível sabê-lo! Megalitos ou construções naturais?? – Construções do homem ou da natureza? Em busca da energia magnética? – TERCEIRA INSÓLITA?! Ou à descoberta dos mistérios da Terceira?! Não deixe que tais surpresas escapem ao olhar desatento e desconhecedor do visitante comum!
A ideia central deste convite é levar, quem se queira aventurar nos mistérios da interpretação das magníficas formações rochosas da ilha Terceira. em companhia de Antonieta Costa.

1º Dia – Saída de Angra do Heroísmo, em direção ao Norte e à face lateral da Caldeira e vulcão Guilherme Moniz.
Contemplar o ponto de união desta com a do Vulcão dos Cinco Picos, que deu início à Ilha Terceira há cerca de 3 milhões de anos e que terá atingido a altura de 8000ms, contando com a base, ao nível do mar, com 20kms de diâmetro e a cratera, a 400ms. com 7 kms dm., a maior de Portugal.
Subimos ao miradouro da Serra do Cume para admirar a sua extensão e observar as duas partes da Ilha (Praia e Angra) separadas pelo Rift da Terceira, o qual é considerado como causador da paisagem que vamos encontrar abaixo, no Planalto da Serreta, designado como a “Linha do Dragão”, que percorremos para encontrar as várias referências a esse animal mítico.
O percurso da faixa de 3km x 1km onde se encontra é repleto de outros elementos zoomórficos e antropomórficos acompanhados de rochas, agora integradas nas paredes dos campos, repletas de desenhos e inscrições que podem ser observadas ao longo da estrada ou ingressando pelos campos.

2º Dia – Visita às Grutas do Monte Brasil
Ingressar no Monte Brasil (resultante de uma erupção, com 30.000 anos) caminhando junto ao mar, em direção a Sul, ao longo do Pico Zimbreiro. Construções Filipinas secundam as muralhas por pouco mais de 1km. até encontrar a primeira gruta, escondida a seguir às ruínas de uma construção quinhentista. Parcialmente derrubada, deixa, no entanto, perceber um traçado trapezoidal. Uma pia recolhe líquido na parede de fundo e um nicho terá existido à entrada. Na continuação do caminho chega-se a uma esplanada lajeada voltada a Oeste, contendo na parede rochosa 3 aberturas em arco semicircular, cada uma com funções diferentes, sendo as duas de baixo muito complexas. De regresso à base pode-se prosseguir para a parte superior do Monte (onde existem mais duas grutas). Subindo o Monte, chega-se a uma bifurcação e a um caminho que vai dar a uma gruta, num plano superior ao das primeiras. Retomando a subida, a meio (voltado a Norte) encontra-se outra gruta, definida como um “Hipogeu”, de planta diferente das restantes.

3º Dia – Visita à Serra da Ribeirinha onde se podem observar 8 grupos de formações rochosas:

À vista cruzamo-nos com afloramentos rochosos, rochas que do exterior parecem barcos e outras, múltiplas felinas figuras.
Rochas com pias em forma de Dragão, com lages triangulares a configurarem a espinha dorsal e uma cabeça rudimentar no extremo inferior.

Leões e figuras esfíngicas, qual Egipto, brotam a par de cortes com cabeças de pássaros. Pontos cardeais e caras de rocha. Uma pedra furada, Marcas de cortes de desenhos e número idênticos e de escadarias.

São tantos os símbolos e as suas codificações, tantas são as interpretações e perguntas, que cruzam ao longo das paisagens que Antonieta Costa revelará e lançará sobre todos. Ficam as interrogações e as dúvidas e no final destes 3 dias, acompanham-nos o inesperado e o mistério e a certeza de que muito ficou por descobrir, na TERCEIRA INSÓLITA.

Antonieta Costa

Pós-doutorada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto em Antropologia do Espaço e Paisagem, licen. em Psicologia/Sociologia pela Universidade de Maryland EUA, Mestre em Administração Pública pela Universidade de Troy State, EUA, Doutorada em Psicologia Social das organizações pela ISCTE, Lisboa e European Commission Expert – Horizon 2020 Program.