EXPOSIÇÃO Marcas de água e caligrafias em papel de música. Os manuscritos do Fundo do Conde de Redondo
19 set. ’23 – 6 jan. ’24 | Sala de Exposições – Piso 3 | Entrada livre Inauguração e visita guiada: 19 set. ’23 pelas 17h30
A exposição insere-se no âmbito do projeto MARCMUS – Estudos de papel de música e caligrafia em Portugal (séculos XVIII e XIX): o estudo de caso do Fundo do Conde de Redondo, que visa registar digitalmente e preservar sistematicamente as marcas de água e os tipos de papel (a conjunção da marca de água e o número e tamanho das pautas desenhadas pelos rastra) dos manuscritos musicais. Serão também gravadas as caligrafias literárias e musicais dos copistas e compositores envolvidos (o fundo inclui um número significativo de autógrafos).
A mostra, inédita em Portugal, apresenta cerca de três dezenas de marcas de água e as caligrafias de alguns compositores (portugueses e italianos) e copistas. Entre os compositores destacam-se Niccolò Jommelli (1714-1774), João de Sousa Carvalho (1745-1798), António Leal Moreira, Giuseppe Totti (17??-1833), Marcos Portugal e Frei José Marques e Silva. Entre os copistas que foi possível identificar, são exibidas obras pela mão de Joaquim Casimiro da Silva (1767-1860), Manoel Marques Lagoa (c. 1780-1810) e Isidoro Simões Martins (fl. 1810-1837), que se distinguiram no contexto da produção de manuscritos nas capelas reais e na Santa Igreja Patriarcal, onde a música era indispensável. Com o apoio do Museu do Papel Terras de Santa Maria, o fabrico manual de papel será exemplificado através da exibição de alguns apetrechos essenciais: a tina, os moldes e o estendal.